Vou Falar dessa viola e do meu velho companheiro
Ela chora no meu peito saudade do Tião Carreiro
Seus dedos deixaram marcas em cada vão desses traços
São carimbos de segredos digitados nesse braço
Por isso peço licença em cada verso que faço
Pra falar do tião carreiro precisa ser violeiro e não arrasta bagaço
Vou Falar dessa viola e do meu velho companheiro
Ela chora no meu peito saudade do Tião Carreiro
A sua viola divina nas mãos do tempo parou
Meu amigo José Dias foi o rei dos cantador
Ficou o cordão de ouro e a medalha Deus levou
A coroa que ele tinha ficou no trono sozinha e não serviu pra imitador
Vou Falar dessa viola e do meu velho companheiro
Ela chora no meu peito saudade do Tião Carreiro
Foi o rei dos cantador que pois pagode na praça
O batido do pagode sem viola não tem graça
Agora Deus ta pedindo que o Tião Carreiro faça
Na viola do infinito o ponteado mais bonito pros anjos brindar a taça
Vou Falar dessa viola e do meu velho companheiro
Ela chora no meu peito saudade do Tião Carreiro